E A VIDA CONTINUA!
É de praxe fazermos
algumas perguntas íntimas a nós mesmo, sem fugir a regra quando perdemos um
ente tão querido de nossa família, como por exemplo, nossa genitora. O que será de minha vida daqui pra frente? Quem
irá cuidar de suas coisas agora? Quem vai me ajudar em meus problemas? Enfim, é
um leque enorme de indagações que fazemos quando nos encontramos presos a esse
desesperado momento.
No entanto, ao passar
do tempo percebemos que colocamos em prática tudo aquilo que ela um dia nos
ensinou. A andar, perceber, olhar, sentir, confiar tudo sozinho, coisa que em
um dia imaginamos ser impossível de conseguir sem sua presença.
A vida ficou mais
valiosa, os filhos se tornaram prioridades, nossos atos, nossos empregos,
nossos sentimentos. Percebemos que hoje em dia tudo é diferente e esquisito,
mas todo dia sentimos, mesmo com todos os problemas do mundo ao nosso redor, que
temos tempo para resolvê-los e cultivar aquela saudade que nunca deixa de
existir em nossos corações. Sempre nos
deparamos aos domingos à tardinha teimando em desvendar um enigma ou sorrir de
uma piada em frente à televisão vendo o programa do Silvio Santos ou do
Faustão. Sentimos saudades do passo meio tímido, mas que verdadeiro ao ouvir
uma música do Agepê.
Como foram estranhas
algumas datas sem a senhora, imagine só. Primeiro a semana santa, foi difícil
ver o povo perguntando pelas cestas que a senhora e suas amigas ofereciam para
algumas pessoas desprovidas de uma renda melhor, a casa fechada naquela
sexta-feira, o primeiro dia das mães, essa data nem é bom pensar. Todas as
lembranças vieram à tona e a certeza da falta que ela faz não só naquele dia, como
todos os dias que virão pela frente.
Não abrimos mão de todo
o dia seis de cada mês, mandarmos celebrar uma missa em sua intensão, pois
nesse dia rezamos um terço em sua nova morada e tem uma de suas filhas que vai,
todos os sábados, cedinho acender uma vela e orar um pouco pela senhora, e
outra que faz esse mesmo ritual aos domingos. Os outros irmãos seguem vivendo
suas vidas juntos com suas respectivas famílias.
Portanto, é preciso
entender por mais que pensamos em desistir de tudo por uma falta ou carência de uma pessoa tão
amada, não podemos deixar de dar prosseguimento a nossas vidas. Por mais que
sofremos, choramos, sentimos saudade ou até mesmo a dor da lembrança. O
principal fator a ser observado é que a continuidade é presente em nossa
família. Nesse curto espaço de doze meses já temos novos integrantes,
pessoinhas que chegaram não para substituir e sim para somar dentro do nosso
contexto familiar e esperamos que cheguem mais, isso com certeza irá acontecer
e contamos com isso. E a vida continua.
MARIVALDO
LIMA
Minha mãe,
ResponderExcluirCom certeza, a pessoa mais digna que conheci!!!
Te amo, mãezinha, incondicionalmente!!!
Jacira Cornelio