Com 10 filhos de 6 mulheres, Compadre Washington cogita mais e alfineta Scheila Carvalho
— Cheguei à s 8h da manhã para gravar, e me botaram na guilhotina. Falaram pa ra eu ficar à vontade, e sair falando, aí do nada, eu disse: “Sabe de uma coisa inocente, eu estou é com fome ”', e me pediram “vai falando mais em cima de inocente” . Os caras da agência tiveram uma sacada muito boa. E agora “Sabe de nada, inocente” é o bordão do Brasil! — vibra ele, que teve seu nome sugerido para participar da propaganda numa de uma pesquisa interna com funcionários da loja virtual: —- Pelo que fiquei sabendo, eles precisavam indicar um nome que tivesse a cara do produto, e meu nome foi uma unanimidade, negócio de 90%.
Compadre Washington agora espera a capitalizar o sucesso nas ruas em shows. No ano passado, com Beto Jamaica e novas dançarinas gravou um DVD de 20 anos do É o tchan.
Convencido por Beto Jamaica, Compadre resolveu resuscitar a marca.
— O nome do É Tchan é muito forte. As pessoas até hoje cantam nossas músicas. E voltamos com humildade. A gente não precisa chegar ao topo novamente, mas a gente só precisa tirar o dinheiro para pagar as pensões dos filhos.
- Sou um rapaz solteiro. Se aparecer alguma pessoa que me interesse, que queira envelhecer comigo, porque eu já estou na idade de segurar meu tchan, lógico que terei outros filhos. Mas não como o Catra (pai de 25 herdeiros), que faz oito shows numa noite. O meu cachê é menor (risos).
E compadre não foge do assunto é sua fama de mulherengo. Ao ser perguntado sobre se ficou com alguma dançarina do grupo, ele não segura a língua.
— Peguei mesmo. Peguei a Scheila Carvalho por quatro anos. E agora, ela fica dizendo que fui uma coisa ruim na vida dela. Se fosse bom, então, ela ficava dez — entrega.
A ex-dançarina se uniu a colega Sheila Mello para fazer apresentações pelo Brasil revivendo os tempos em que se apresentava com o grupo. Mas ele não imagina um reencontro no palco.
— Não tem clima pesado. Elas falaram não haveria clima porque agora são mães de família. Mas agora estão dançando por aí. O dinheiro deve estar faltando — detona.
Compadre, no entanto, garante que não foi a pobreza que o fez retomar o grupo.
— Curti a vida com moderação. Dinheiro vai fácil, e para voltar é difícil. Graças a Deus não gastei tudo. A gente passa por dificuldades, dá um jeito. Tem que pagar as pensões. Às vezes, passa um mês devendo, e paga duas no mês seguinte. Mas a Justiça na quer saber, quem pariu Mateus que o balance.
Visionário, ele já tratou de gravar uma música com o nome de "Sabe de nada inocente".
No Rio de Janeiro, as duas últimas apresentações do grupo foram na festa GLS Chá da Alice”. E ele se divertiu com o público.
— Foi muito bom poder ver a rapaziada se liberar. Nos anos 90, o povo era meio preso. E agora isso acabou, cada um se diverte e é feliz como quiser — compara.
Compadre ainda comemora o carinho que recebe das bandas que trilharam o caminho aberto pelo É o Tchan na Bahia naquele período.
— Os caras da nova geração têm respeito pela gente. Márcio Vitor (do Psirico) é como se fosse um sobrinho meu, me chama de tio. Léo Santana, do Parangolê, tirou uma foto com a gente nos chamado de ícones do pagode. Eles respeitam os velhinhos.
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